terça-feira, 17 de agosto de 2010

O simbolo magico por tras dos Vampiros

Como todos sabem vampiros são criaturas que sobrevivem alimentando-se da vitalidade dos seres humanos.


Mas como as histórias costumam não ser meramente histórias podemos encontrar ocultas entre os vários aspectos da lenda do vampiro várias pistas que nos levam à lições de simbologia e de magia.

O vampiro é constantemente retratado de forma sedutora e luxuriosa apresentando a primeira e mais óbvia relação metafórica que podemos delinear em torno do mito do vampiro: o sexo. Talvez isso pareça estranho para alguns mas os mais atentos fãs de filmes de terror já devem ter reparado as semelhanças entre o beijo do vampiro e o ato sexual. O êxtase orgástico sentido pelas vítimas durante o beijo é a primeira dica. O olhar hipnotizante e fascinador do vampiro sobre suas vítimas do sexo oposto é mais uma. Por fim temos o crescimento dos dentes como óbvia alusão à ereção. Todo o processo do beijo vampírico é um grande símbolo para o ato sexual.



Mas e o sangue? Este é o cerne da questão. Toda a caçada e posterior domínio da presa humana pelo predador da noite tem por objetivo sorver seu precioso líquido vital. O sangue escorre pela pele das vítimas simbolizando o próprio sêmen derramado no fim do ato sexual. Eis a liberação da energia vital que pode agora ser sorvida pelo vampiro alimentando e fortalecendo sua natureza demoníaca e inumana. Este momento crucial marca a morte da vítima ou sua condenação eterna à condição de seu algoz. E neste momento presente em todas as histórias envolvendo este mito os olhos dos filósofos podem contemplar a alusão simbólica para o maior segredo dos magos.



Observado sob uma ótica hermética o vampiro é um excelente símbolo para o desejo. O desejo presente em todo o ser humano constitui uma grande força, um grande centro de poder, que dá ao homem segurança e domínio sobre o mundo ao seu redor. Mas, ao mesmo tempo, o desejo constitui a grande armadilha que destitui o homem de seu posto de imperador do mundo material convertendo-o no mais submisso escravo. O desejo esconde, em verdade, o maior poder concedido pelos deuses ao homem: a energia sexual. Esta é a energia por traz do desejo. Esta é a energia por traz da libido.

Ser fascinado pelo vampiro é deixar que este se alimente de nossa própria energia vital. É ser hipnotizado pelo nosso próprio desejo, tornando-se escravo dele, e deixando que nossa energia sexual se esvaia nos momentos de êxtase do beijo da morte.



O êxtase é sentido, as presas estão prontas, e é este o momento chave para converter-se em lacaio ou para tornar-se o senhor dominando a besta sedutora. Sentir os prazeres da noite sem deixar que o sanguinis vitae escorra para os lábios do inimigo é o grande desafio de todo aquele que busca o poder sobre a vida e o mundo.



E este é justamente o segredo retratado no beijo do vampiro. Este é o ponto central do símbolo mágico e esotérico ensinado por este personagem e pelo seu mito. E se este simbolismo for compreendido toda a história do vampiro toma uma nova dimensão ensinando de maneira metafórica vários segredos relacionados ao esoterismo e ao poder mágico guardado em todo o homem para o domínio da natureza.



A compreensão do poder contido no sexo e das aplicações mágicas possíveis a partir desta fonte revestem-se sob o manto deste símbolo obscuro guardando metaforicamente a antiga chave secreta para a Magia Sexual.



Por traz de todo mito há um grande ensinamento simbólico ali guardado. Muitos mitos também guardam, além de sua porção simbólica, aspectos mais reais.



Vampiros não existem, não é mesmo? Então como explicar a presença do mito do vampiro em várias culturas ao longo de toda a história mantendo sempre as mesmas características fundamentais?



Vários ocultistas apontam que o mito do vampiro guarda, dentre poucas distorções, a descrição de um processo mágico e ritualístico que confere ao mago uma conexão mais real com as forças obscuras e os poderes da noite. Sob esta perspectiva todos os símbolos envolvendo os poderes mantidos pelos vampiros e o próprio beijo vampírico apresentam narrações reais ou bem próximas da realidade.

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